quarta-feira, 24 de junho de 2015

Poema Dadaísta - Hugo Ball







Hugo Ball foi o inventor destes poemas sonoros, que tornaram a forma preferida
dos artistas dadaístas no palco. No poema sonoro, a ordem tradicional, a interação
entre som e significado, é abolida. As palavras são dissecadas em sílabas fonéticas 
individuais, esvaziando assim a linguagem de qualquer sentido. Por fim, os sons 
são recombinados numa nova imagem sonora. Este processo rouba da linguagem a sua 
função, pois, segundo a visão dos dadaístas as instruções, comandos, e a transmissão
de informação tinham privado a linguagem de sua dignidade. "Com estes poemas sonoros",
disse Hugo Ball para justificar as suas intenções "nós queríamos prescindir da linguagem que 
o jornalismo tinha tornado desolada e impossível". Em vez disso, os dadaístas
procuram restituir as palavras à sua imaculada inocência e pureza. Outros dadaístas
procuraram estetizar o seu material escrito dispondo as sílabas de forma a produzir
composições de quadros sonoros musicais em verso através da repetição e do ritmo.

Postado por: Alexandre Gonzaga.
Fonte: Dadaísmo - Autor: Dietmar Elger

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