quinta-feira, 9 de julho de 2015

XUL  SOLAR:  NANA WATZIN


Nana Watzin é uma das obras envolvendo a literatura do artista argentino Xul Solar. É uma obra de 1923, de 23,5x31,5 cms utilizando a têmpera sobre o papel. Nela enxergamos palavras em espanhol e outras em uma língua criada pelo próprio artista. Xul procurava muito expressar sua identidade latina nas obras, essa inclusive traz o mito de um deus mexicano. Ele teve, nos anos 10, a oportunidade de passar um longo tempo na Europa e bebeu na fonte de muitos estilos, tais como: cubismo, futurismo, expressionismo e surrealismo, esse último que fica bastante evidenciado em suas obras. O mais interessante de sua relação com o texto é que ele criou idiomas para utilizar em suas obras, o da obra em questão é o neo-criollo que mistura vários idiomas, até o sânscrito.

Informações retiradas de artigo no Estado de S.P e da revista TempoSocial.
Postado por: Helio BC

sexta-feira, 3 de julho de 2015


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Marcelo Solá


Marcelo Solá passou a ser reconhecido, desde cedo, pela sua produção em desenhos. Riscos, palavras e frases inarticuladas, grafadas em variações diversas, ora intensas e cortantes, ora sob a forma de manchas translúcidas, alternadas com grandes áreas opacas de grafite denso, ocupavam as folhas de papel em composições desequilibradas e tensas. Se o desenho é tido como uma forma de expressão mais íntima, ligada àquilo que vemos e que tentamos reter do visível; se a própria escrita é o desenho através do qual o pensamento se materializa, o desenho de Solá revela-se a expressão de um intimismo dramático, ao mesmo tempo que desconexo. Um espaço onde as coisas flutuam como, aliás, parece flutuar ao redor de nós as coisas e situações deste nosso mundo tão carente de sentido. Mas seu desenho também tem algo de humor. E o artista não atua somente nesta área. Este foi o caso da sua participação na XXV Bienal de São Paulo, em 2002, quando apresentou uma instalação composta por escultura, desenhos e um desenho/pintura mural. Um ambiente pesadamente sombrio, integralmente realizado em preto e branco, no qual, ao lado de um mural composto por um enorme plano preto recortado por camadas de túneis e palavras enterradas, havia uma espécie de avião formado por carrinhos em que se conduzem os caixões nos cemitérios.
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Postado por: Matheus de Freitas Soares.

ARNALDO ANTUNES

Com as poéticas híbridas aparece um novo dado para o universo das artes: a simultaneidade.  Este caráter de simultaneidade percorre toda a trajetória de Arnaldo Antunes, não só na poesia, mas também nas artes-plásticas e na música. Das obras de poesia do autor, o processo simultâneo pode ser encontrado praticamente em todos seus livros, e em maior grau no livro-cd 2 ou + corpos no mesmo espaço e no livro-vídeo-CD Nome. Nestas duas obras, o conceito de simultaneidade atinge toda sua plenitude, haja vista a presença de outras mídias além do livro, em um casamento perfeito entre texto, imagem e som.
A simultaneidade se dá dentro da poesia de Arnaldo Antunes de duas formas: dentro do espaço sintático e no terreno gráfico do poema. A simultaneidade no espaço sintático é um procedimento que foi se tornando recorrente na poesia de Antunes e consiste no corte de uma determinada palavra fazendo aparecer uma outra parte dela que se constitui uma outra palavra, como podemos averiguar, por exemplo, no poema solto:
(ANTUNES, 2005, p. 13) 

Este poema permite mais de uma leitura. Pode-se ler “solto do solo” ou ainda “sol todo solo”. Podemos observar o mesmo efeito no poema meu nome, também do livro 2 ou + corpos no mesmo espaço:

som que som
          e
                                quando soa



  - meu nom

                                          e   -


                                   não m

                                         e

                                     coa
                           
                             (ANTUNES, 2005, p. 14)

É visível a simultaneidade neste poema, principalmente nos últimos três versos, onde também podemos fazer duas leituras: “não me coa” e “não me ecoa”, além dos cortes nas palavras some e nome, transformando as letras eem conjunções aditivas.
Este procedimento contém a idéia do ideograma, em que as partes formam uma terceira coisa, preservando-se também enquanto informações autônomas. A técnica de corte de palavras pode ser encontrada principalmente na obra do americano e.e. cummings, cujos poemas tipográficos influenciaram os concretistas paulistas, e também Arnaldo Antunes, como podemos observar naquele que é considerado o mais perfeito poema cummingsiano:


l(a

le
af
fa
ll

s)
one
l

iness
           
                
(CUMMINGS, 1986, p. 32)

Este poema de e.e.cummings é feito de apenas uma palavra e uma frase:loneliness (solidão) e a leaf falls (uma folha cai). Em uma espécie de haicai tipográfico, o poeta soube como ninguém utilizar o recurso da simultaneidade para construir um poema ao mesmo tempo lírico e construtivista, desmontando mais uma vez a tese de que existem apenas dois tipos de poetas: os líricos, discursivos; e os formalistas, cerebrais, avessos ao lirismo.
A simultaneidade no campo sintático aparece também em outros livros do autor, como no último poema de As coisas, “o que (se) se foi é (s)ido”:

 O         que
                              (se)       foi
                       
                               é     (s)ido.

                              (ANTUNES, 2006, p. 113)

Este poema possui quatro diferentes possibilidades de leitura: “o que foi é ido”, “o que foi é sido”, “o que se foi é sido”, “o que se foi é ido”. Temos neste exemplo um jogo visual e sonoro com o vocábulo e a letra parentética, e com as conjugações do verbo “ir” e “ser”. Neste poema, Antunes nos mostra como em seus trabalhos as palavras também se tornam sinais visuais, existindo, em inúmeros casos, uma simultaneidade visual.
Já no terreno gráfico, a simultaneidade ocorre de forma mais explícita em vários trabalhos de Arnaldo Antunes, como no poema Derme/Verme do livroTudos.


                                        (ANTUNES, 2000)

Além do aspecto verbal construído a partir da paronomásia “derme / verme”, muitos outros pontos podem ser salientados nesta obra. Primeiramente, podemos notar que a palavra “derme” é repetida inúmeras vezes em diferentes formas de grafia manual, ao passo que a palavra “verme” aparece uma única vez, apresentada através de uma tipologia antiga, já com sinais de deterioração. É visível a referência que Antunes faz à decomposição do corpo humano após a morte e a relação com a mesma deterioração da linguagem em relação aos seus meios de produção e reprodução. Outro aspecto que podemos notar é que a letra “M”, da palavra “derme”, é o carimbo da palma da mão do poeta ampliado, e que a mesma não aparece na palavra “verme”, o que, além de apontar a ausência de algo, possibilita ainda a leitura do infinitivo “ver” e da conjunção “e”, unidos na expressão “ver e...”, que indica um gesto inconcluso.
A partir da análise deste poema, percebemos na poesia de Arnaldo Antunes um constante desejo de “enlouquecer o subjétil”, usando a expressão cunhada por Jaques Derrida em seu livro homônimo, em que o filósofo argelino analisa os desenhos do poeta e dramaturgo Antonin Artaud, que se constroem a partir de intervenções da escrita. O leitmotiv em ambos os poetas parece ser o mesmo: penetrar e subverter os suportes. É o que defende Derrida:
O subjétil, tela ou suporte da representação, deve ser atravessado pelo projétil. Deve-se passar abaixo dele que já se encontra em baixo. Seu corpo inerte não deve resistir demais. Se o fizer, deve ser maltratado, atacado violentamente (DERRIDA, 1998, p. 45).

Há, em vários poemas impressos em livro, uma preocupação de Arnaldo Antunes com a visualidade em movimento. Não podemos esquecer que esta atenção para o movimento já era uma marca da poesia concreta e principalmente do movimento capitaneado por Wlademir Dias-Pino, o poema processo. Em Arnaldo Antunes, as experiências com o poema processo e a visualidade em movimento atingem sua maturidade com dois projetos onde o fenômeno multimídia mais se faz presente: Nome 2 ou + corpos no mesmo espaço. 
No livro 2 ou + corpos no mesmo espaço, Arnaldo Antunes dá movimento aos poemas através do som da voz. O poeta se propõe a fazer uma recuperação da performance da voz na poesia, buscando uma oralidade experimental semelhante às experiências desenvolvidas pelos dadaístas e futuristas russos.
É o que podemos encontrar, por exemplo, no poema agá:


                                     (ANTUNES, 2005, p.45)

                                                                                          Por: Lays Meire

                                                            



Pedro Xisto

Suas composições — “logogramas” como preferia, aproximando-se da idéia dos ideogramas japoneses — estão hoje em toda e qualquer obra sobre o concretismo.


Reconhecia nele, mais do que em alguns de seus companheiros do movimento vanguardista, a força da palavra em sua espacialidade poética. Por exemplo, “asas” materializava com letras — ideogramicamente — o vôo dos pássaros...;  “monobloco” era uma nova forma de palíndromo; “infinito” é auto-explicativo, uma representação perfeita, em que forma e conteúdo se completam.

                                       

                                           




Postado por: Sabrinna Gaziella C. Vitoriano 
   A escrita na obra de Marcel Broodthaers
Marcel Broodthaers nasceu em Bruxelas em 1924. Teve intensa ligação com os surrealistas durante a juventude, o que mais tarde vai influenciar bastante sua obra. Antes de se enveredar pelas Artes Plásticas, foi escritor, repórter fotográfico e guia de exposições.
Criador de objetos enigmáticos em que a poesia está sempre presente, o seu trabalho incorporou quase todos os meios disponíveis na época em que viveu: a pintura, o desenho, a escultura, o cinema, os livros, as instalações, objetos do seu ambiente cotidiano, a fotografia, a escrita, as placas de sinalização industrial.
Até seus 40 anos de idade foi um poeta com interesse nas artes visuais que, de tempos em tempos, escrevia textos críticos. Começou sua carreira de artista plástico, em 1964, quando "imortalizou" em gesso os últimos cinqüenta exemplares de sua coletânea de poesia recentemente lançada, Pense-bête (Pensando como um animal) e as expôs como escultura
A partir daí, começou uma série de obras concebidas com casca de ovos, mexilhões e batatas fritas (comidas típicas da Bélgica). Trabalhou ao mesmo tempo produzindo variados objetos e pinturas que confrontam as representações pictórica (visual) e lingüística (verbal).
Le corbeau et le renard, 1968
Nessa mesma época utilizou o processo da emulsão fotográfica sobre tela, confrontando o objeto real com o fotográfico, como é o exemplo da obra "Le corbeau et le renard" (1968), onde uma carta manuscrita saindo de uma máquina de escrever é colocada à frente de uma fotografia que mostra Broodthaers escreven

Postado Por: Talita Moura

Seiichi Niikuni

    Seiichi Niikuni foi um poeta e um pintor japonês, criou obras de poesia caligráfica, visual e auditiva. formado em arquitetura e inglês literatura, suas apresentações audiovisuais já eram visíveis no começo de sua carreira como poeta, Niikuni começou a se envolver de fato com a poesia visual depois da segunda guerra mundial quando o Japão perde alguns valores antigos, o primeiro trabalho audiovisual de Niikuni foi dividido em duas artes onde a primeira era uma poesia visual e na segunda era uma poesia sonora.
   Seiichi Niikuni tinha uma doença torácica e morreu com 52 anos.
   Confira as obras de Niikuni. 






por Jéssica Beatriz D. Teixeira 
 

Jim Dine



Pintor, American escultor, gravador, ilustrador, artista performático, cenógrafo e poeta. Em 1957 ele se casou com
Nancy Minto e no ano seguinte eles se mudaram para Nova York. Primeiro envolvimento de Dine com o mundo da arte estava em seus acontecimentos de 1959-1960.
O rabisco caótico representa o emaranhado de emoções de Dine e ecoa pincelada gestual dos expressionistas abstratos. Dine materializa este limite entre corpo e memória, entre o que podemos ver e que nós não podemos. Ao traçar as linhas com os nossos olhos, nos recria a ação da mão de Dine como ele os criou. As linhas pretas, adicionalmente, chamam a atenção para a trajetória vertiginosa do acidente.
Jim Dine, O Bater #2, 1960, litografia sobre papel
Bater série ajuda a ilustrar a complexa interação entre palavra e imagem que estava sob investigação no momento. Enquanto a totalidade da obra evoca a ideia de um acidente, uso de Dine da linguagem sem sentido ressalta a impossibilidade de comunicar com precisão a verdade individual de tal experiência. Na sua essência o trabalho desafia a noção de um significado totalizando fixado pelo fabricante, exigindo telespectadores de aproveitar suas próprias experiências únicas para completar o trabalho.
Jim Dine, O Fim do Bater de 1960, litografia sobre papel

Fonte: http://www.pacegallery.com/artists/109/jim-dine
Postado por: Thayse Marques


Leon Ferrari está no CCBB Brasília.
Este argentino longevo teve a oprotunidade de viver as grandes transfornmações do Século XX.
Passou as duas grandes guerras e inúmeras ditaduras em seu país e nos vizinhos. Atravessou a Guerra Fria e viu todas as transformações cociais como a emancipação das mulheres e a consolidação da democracia no continente.
Sua produção é muito diversa, com técnicas idiossincráticas na pintura, desenhos e culturas, além da fotografia. Podemos encontrar elementos literários em muitas de suas obras, onde sempre aborda as questões da ditadura, política, econômica ou social.

 
Sua verborragia icnográfica é absoluta nesta pintura, onde podemos ver o abutre que pode representar a própria igreja, mas também todos aqueles que se beneficiam da boa fé e da piedade cristã, como políticos, patrões inescrupulosos e pais ou mães hipócritas.

 
Os pseudo-caligramas  acima, com linguagem inédita e significados como que de acesso apenas a iniciados, mas que demonstra como podemos utilizar a construção literária para sequenciar ideias próprias, mas que também estão no inconsciente de cada um de nós.

 
Já neste caligrama de extrema complexidade podemos ficar horas e horas imaginando os significados seminais, mas também ficarmos dias e dias percebendo os significados que criamos ao contemplar tamanha criação.

 
Neste, sua marcada característica de repetição de imagens humanas, técnica importada dos alfabetos ocidentais e que nada tem das linguagens orientais e com dinãmica de anagrama. Gado marcado, sempre demonstra confusão pessoal, mas dispciplina social, típica de ditaduras e regimes que abolem o pensar.
 

 
neste, a poesia concreta de desenha comprimida pela embarcação que trouxeram os opressores, espanhois e portugueses, que ao invés de ajudar a construir um mundo igual, perpetraram das maiores explorações e genocídios da hist´roria da humanidade.
Nenhuma área se apropriou mais do que a publicidade das ferramentas de arte e literatura.
A conjunção de figuras, conhecidas ou não, com palavras de significado que remetem aos objetivos da peça. Palavras caligrafadas.


 
Balat Clássico Compasso

Casamento



Julio Mancebo é um pintor e escultor uruguaio de trabalho instigante e inovador.
Em várias de suas obras utiliza palavras escritas para realçar ideias, bem como para instigar os observadores para os temas que pretende abordar,




Nas duas obras acima, com lembranças de verticalização de temas  e um certo cubismo na concepção das figuras, pedemos perceber a provocação existencial em figuras que fazem parte de todas as fases de nossa vida, inclusive um mix de ideias concretas e espirituais temperadas pela parlavra.

Abaixo um vídeo no youtube com este estraordinário artista uruguaio.

http://www.youtube.com/watch?v=PTLx5f3Ggro

Paulo Roberto Barbosa Bruscky (Recife PE 1949).    Artista multimídia, poeta. 

 Na década de 1960, inicia pesquisa no campo da arte conceitual, e a partir de 1970 desenvolve pesquisas em arte-xerox. Em 1973, atua no Movimento Internacional de Arte Postal, sendo um dos pioneiros no Brasil nessa arte, e no ano seguinte lança o Manifesto Nadaísta. Organiza duas exposições internacionais de arte postal no Recife nos anos de 1975 e 1976, sendo esta última fechada pelos militares brasileiros. 
Suas experiências com arte postal, áudio-arte, videoarte, artdoor e xerografia/faxarte, são apontadas como pioneiras dentro das discussões acerca da utilização de novos meios na arte brasileira. A dissolução das fronteiras entre as linguagens artísticas está presente na produção do artista desde o fim da década de 1960.

Na década de 1970, a experimentação de novos meios como o xerox, pela sua possibilidade de reprodução rápida e fácil, aliou-se à abrangência e universalidade da arte postal. Os carimbos e cartões postais são freqüentemente recriados e distribuídos em redes alternativas.

Cria, em 1980, o xerox-filme com base em sequências xerográficas. Com a Bolsa Guggenheim de artes visuais recebida em 1981, reside por um ano em Nova York. Nesse ano, expõe na sala especial sobre arte postal montada na 16ª Bienal Internacional de São Paulo. É editor de livros de artistas e mantém em seu ateliê no Recife importante coleção de livros e documentos sobre arte contemporânea, entre eles correspondência com integrantes dos grupos Fluxus e Gutai.
 Realiza 30 filmes de artistas e videoarte entre 1979 e 1982, e começa a produzir videoinstalações em 1983. Algumas obras em arte-xerox encontram-se reunidas na publicação Alto Retrato, de 2001, em que parte de retratos seus e de cenas urbanas sobre as quais realiza interferências com desenhos, legendas e carimbos, com grande ironia, questionando a sociedade e também o sistema das artes.
Em 2004, seu ateliê é integralmente transferido do Recife para São Paulo, sendo remontado em uma das oito salas especiais da 26ª Bienal Internacional de São Paulo. Na América Latina, o conteúdo desses trabalhos, nos difíceis anos de 60 e 70, foi eminentemente político. A arte postal constituiu-se, naquele momento, numa estratégia de liberdade diante do contexto político opressor. Naquele momento, o trabalho de Paulo Bruscky foi de vital importância.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Roy Lichtenstein

Roy Fox Lichtenstein (27 de Outubro de 1923 - 29 de Setembro de 1997) foi um artista americano conhecido por ser um dos primeiros artistas parte do movimento Pop Art. Seu trabalho definiu a premissa básica da Pop Art através da paródia, inspirando sua pintura em anúncios e histórias em quadrinhos.

Foi pioneiro num estilo de pintura que imitava a pintura industrial realizada originalmente por máquinas, realizando-as à mão.

"The closer my work is to the original, the more threatening and critical the content. However, my work is entirely transformed in that my purpose and perception are entirely different. I think my paintings are critically transformed, but it would be difficult to prove it by any rational line of argument."

"Quanto mais próximo meu trabalho se encontra do original, mais ameaçador e crítico é o seu conteúdo. No entanto, meu trabalho é totalmente transformado enquanto meu propósito e percepção são completamente diferentes. Eu acho que minhas pinturas são criticamente transformadas, porém seria difícil provar através de qualquer linha de argumentação racional." 
(Resposta de Lichtenstein às críticas ao seu trabalho devido à apropriação de cenas de quadrinhos)

Look Mickey (1961) - Pintura óleo sobre tela

Drowning Girl (1963) - Tinta acrílica e óleo sobre tela

Whaam! (1963) - Tinta acrílica e óleo sobre tela

‘I am nominally copying, but I am really restating the copied thing in other terms. In doing that, the original acquires a totally different texture. It isn’t thick or thin brushstrokes, it’s dots and flat colours and unyielding lines.’

"Estou literalmente copiando, porém estou recolocando a cópia em outros termos. Fazendo isso, o original adquire uma textura totalmente diferente. Não são pinceladas grossas ou finas, são pontos e cores planas e linhas inflexíveis."

Processo de criação da tela Whaam! (1963) em inglês: http://www.tate.org.uk/context-comment/articles/wow

Postado por: Marcus Vinícius F. Rossi
https://en.wikipedia.org/wiki/Roy_Lichtenstein

Ian Burn

Ian Burn (29 de Dezembro de 1939 - 29 de Setembro de 1993) foi um artista conceitual australiano de grande influência. Foi membro importante do grupo Art and Language (Arte e Linguagem) criado nos anos 60, derivado de uma publicação chamada Art-Language (a primeira a tratar de arte conceitual).

Seu trabalho mais famoso, uma investigação sobre os processos criativos e conceituais da arte, chamado Xerox Book, feito em 1969, se tratava de um livro contendo 100 páginas de papel carta. O processo de criação do livro, se tratava de utilizar uma máquina simples de xerox para tirar 100 cópias de uma folha de papel em branco, tirando uma cópia, posteriormente uma cópia da cópia, e assim por diante, até chegar na centésima cópia. Nenhuma cópia era igual à outra, devido às imperfeições criadas pela máquina, de forma que as últimas páginas do livro eram quase totalmente pretas com a estática criada no processo.


 "O conceito de um trabalho de arte pode envolver a matéria da obra, ou o processo em que ela é realizada."

Todo trabalho do artista envolvia o questionamento do processo e conceito da arte:

Observando uma peça de vidro:

1. Como uma idéia e uma abstração.
2. Como uma idéia e um fato material.
3. Como uma idéia, um fato e uma ilusão.



Postado por: Marcus Vinícius F. Rossi
Página com informações e trabalhos do artista: http://www.wikiart.org/en/ian-burn


Sarah Charlesworth

Sarah Edwards Charlesworth, 29 de Março de 1947 - 25 de Junho de 2013 foi uma artista conceitual e fotógrafa americana. É considerada parte da "The Pictures Generation" que foi uma exposição no Metropolitan Museum of Art, tendo sido também a primeira categorização de um grupo de artistas que fazia apropriação de imagens da mídia (televisão, jornais, revistas e música popular), que se iniciou nos anos 70, como produto da desilusão e consequente crítica de artistas com a situação nos EUA e a continuação da Guerra do Vietnã.

Sarah Charlesworth realizou entre 1977 e 1979 uma série fotográfica chamada Modern History (História Moderna) onde analisava a história através de capas de jornais do mundo inteiro que continham a mesma fotografia. A artista refotografava as capas de jornais, e removia todos os elementos presentes, com exceção das fotografias e o título do jornal.

Em 1978 acompanhou a imagem do Primeiro Ministro italiano Aldo Moro, que fora raptado por um grupo terrorista, na capa de 45 jornais diferentes ao longo de 2 dias.




O que o tamanho, posição e edição em cada publicação diz sobre a importância e impacto cultural inserido em cada imagem e evento em diferentes partes do mundo?
Link com todas imagens já expostas: http://www.sarahcharlesworth.net/series-all.php?album_id=1449341

Postado por: Marcus Vinícius F. Rossi

http://www.walkerart.org/collections/artists/sarah-charlesworth
https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Charlesworth

La Pluie

La Pluie (The Rain) foi filmado no jardim da rue de la Pépinière durante o Musée d'Art Moderne, Département des Aigles, Seção XIXe siècle período. O pano de fundo é uma parede de tijolos em que as palavras Departamento de Água são escritos em cal. Este foi um dos três filmes Broodthaers feitas no mesmo local. Os outros eram La Pipe and La Sátira. Sequências de La Pluie aparecer em determinadas versões do Un voyage à Waterloo e La Discussão inaugurale . O filme mostra Marcel Broodthaers tentando escrever enquanto a chuva constantemente lava a tinta. Na cena final, em que o artista desiste e deixa cair sua caneta, a inscrição "Projet despeje texte un" (Projeto para um texto) aparece.

Postado por  Talita Moura

O CARÁCTER LÚDICO DOS TEXTOS VISUAIS DO BARROCO PORTUGUÊS

A  fusão híbrida de texto e imagem e a diversidade de vias interpretativas que verificamos  nos textos  visuais barrocos  já se encontravam  na escrita  hieroglífica,  nos pictogramas sumérios, nos ideogramas orientais, nos labirintos poéticos de Porfírio, nas technopaigniae  gregas, nas  carmina figurata medievais, nas composições renascentistas, mas é no barroco que alcançariam seu fulgor maior, quando, segundo Affonso Ávila, a forma artística “se abre em indeterminação de limites e imprecisão de contornos”, apelando para “os recursos da impressão sensorial”,  não desejando apenas “conter a informação estética” (ÁVILA, 1994: 58). O poeta barroco visava comunicar a mensagem artística sob um grau de tensão que levasse o espectador  “da simples esfera da plenitude intelectual e contemplativa para uma estesia mais franca  e envolvente — mais do  que isso, para um êxtase dos sentidos sugestionadamente acesos e livres” ,




































Postado por Vitória Sperandio