A fusão híbrida de texto e imagem e a diversidade de vias interpretativas que verificamos nos textos visuais barrocos já se encontravam na escrita hieroglífica, nos pictogramas sumérios, nos ideogramas orientais, nos labirintos poéticos de Porfírio, nas technopaigniae gregas, nas carmina figurata medievais, nas composições renascentistas, mas é no barroco que alcançariam seu fulgor maior, quando, segundo Affonso Ávila, a forma artística “se abre em indeterminação de limites e imprecisão de contornos”, apelando para “os recursos da impressão sensorial”, não desejando apenas “conter a informação estética” (ÁVILA, 1994: 58). O poeta barroco visava comunicar a mensagem artística sob um grau de tensão que levasse o espectador “da simples esfera da plenitude intelectual e contemplativa para uma estesia mais franca e envolvente — mais do que isso, para um êxtase dos sentidos sugestionadamente acesos e livres” ,
Postado por Vitória Sperandio
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