quinta-feira, 2 de julho de 2015

William Anastasi

É um dos fundadores de ambos Arte Conceitual e Minimalista, trabalhos relevantes foram feitas antes que os movimentos foram nomeados.
O título da obra indica que a composição começou com uma página de prática de taquigrafia: a série de loops impressos, rabiscos e círculos que intercalam o texto todo. Por um lado, o termo taquigrafia sugere que estas marcas aparentemente ilegíveis podem ser lidas como palavras, como a comunicação, se alguém soubesse como decodificá-las. Por outro lado, referindo-se como a folha de uma página prática implica que a ordem e repetição das marcas destinam-se a permitir que o utilizador para melhorar a sua caligrafia em vez de comunicar. No final, cada lado da oposição aqui parece ressoar com uma das duas palavras encontradas no primeiro semestre do título: enquanto um desenho foi tradicionalmente concebido como uma espécie de página de prática para a composição de uma pintura, aqui o negativo espaço entre as marcas de taquigrafia mudo agem como o quadro de composição em que palavras reais vivas foram colocadas. Em tais casos, a prática de taquigrafia e na verdade o próprio desenho vir a parecer menos como um mero meio de salvar (ou, no caso do desenho, desperdiçar) tempo, e mais como um dos principais meios pelos quais palavras entram para nascer, envelhecer e morrer.

William Anastasi, Word Drawing Over Short Hand Practice Page, 1962
William Anastasi, Word Drawing Over Short Hand Practice Page, 1962
William Anastasi, Untitled (READING A LINE ON A WALL), 1967/1977
LENDO UMA LINHA EM UMA PAREDE. Pensa-se do meio vazio, vidro meio cheio, a diferença é que uma frase como esta pode de fato ser considerado como ambos completamente cheio e completamente vazio: vazio no sentido de ser esvaziado de conteúdo além dos fatos de sua própria legibilidade; completo no sentido de que, durante o momento em que o leitor lê, todas as distinções entre o conteúdo do trabalho e a atividade do espectador se dissolvem em um estado de auto-consciência, o imediatismo, ou, na falta de uma palavra melhor, a verdade.


Fonte: http://www.williamanastasi.net/

Postado por: Thayse Marques



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