quarta-feira, 1 de julho de 2015


HILAL SAMI HILAL

(Vitória/ES, Brasil, 1952)

A obra de Hilal Sami Hilal apresenta grande variedade de materiais e de significados. Hilal começa pintando aquarelas, mas logo passa a fabricar papel artesanal tendo como base uma pasta de algodão feita de roupas velhas de amigos e familiares.
Hilal entende que em seu trabalho o papel não é apenas um suporte. A seguir foto da obra apresentada na exposição “Sherazade”, na Caixa Cultural em Brasília/DF, composta por 180 livros dispostos como objeto visual sobre o piso da galeria:
A obra remete às histórias sem fim, contadas pela personagem Sherazade (lendária rainha persa e narradora dos contos de As Mil e Uma Noites), traçando uma dialética entre o finito e o infinito representada na obra do artista.
Os trabalhos que executa em folha de metal podem se constituir de superfícies autônomas, reunidas em livros, ou mesmo enroladas em uma bola. Ele desenha letras, números e nomes de pessoas sobre quadriculados e usa ácido para corroer as partes em branco. A gravação na chapa de metal por violenta corrosão com ácido contrasta com a delicadeza da escritura e dos signos formados nos livros.
Ao sobrepor as folhas, o artista cria concavidades, ressaltando os espaços vazios. O vazio tem grande importância também quando utiliza resina e outros materiais. Ele se faz presente em toda a obra. Hilal afirma que todo seu trabalho pode ser relacionado à morte do seu pai, ocorrida quando ele tem apenas 12 anos. Pela arte, procura lidar com aquela ausência, reconstituindo essa figura:
Fontes:
http://www.desfrutecultural.com.br/caixa-cultural-apresenta-a-exposicao-sherazade/
http://www20.caixa.gov.br/Paginas/Releases/Noticia.aspx?releID=281
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa9856/hilal-sami-hilal

Postado por Marcos Tiburcio
Aluno de Teoria Crítica e História da Arte
Universidade de Brasília

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