sexta-feira, 3 de julho de 2015

   A escrita na obra de Marcel Broodthaers
Marcel Broodthaers nasceu em Bruxelas em 1924. Teve intensa ligação com os surrealistas durante a juventude, o que mais tarde vai influenciar bastante sua obra. Antes de se enveredar pelas Artes Plásticas, foi escritor, repórter fotográfico e guia de exposições.
Criador de objetos enigmáticos em que a poesia está sempre presente, o seu trabalho incorporou quase todos os meios disponíveis na época em que viveu: a pintura, o desenho, a escultura, o cinema, os livros, as instalações, objetos do seu ambiente cotidiano, a fotografia, a escrita, as placas de sinalização industrial.
Até seus 40 anos de idade foi um poeta com interesse nas artes visuais que, de tempos em tempos, escrevia textos críticos. Começou sua carreira de artista plástico, em 1964, quando "imortalizou" em gesso os últimos cinqüenta exemplares de sua coletânea de poesia recentemente lançada, Pense-bête (Pensando como um animal) e as expôs como escultura
A partir daí, começou uma série de obras concebidas com casca de ovos, mexilhões e batatas fritas (comidas típicas da Bélgica). Trabalhou ao mesmo tempo produzindo variados objetos e pinturas que confrontam as representações pictórica (visual) e lingüística (verbal).
Le corbeau et le renard, 1968
Nessa mesma época utilizou o processo da emulsão fotográfica sobre tela, confrontando o objeto real com o fotográfico, como é o exemplo da obra "Le corbeau et le renard" (1968), onde uma carta manuscrita saindo de uma máquina de escrever é colocada à frente de uma fotografia que mostra Broodthaers escreven

Postado Por: Talita Moura

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